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Economia Sustentável: “O mundo precisa de um Global New Deal”, afirma Dowbor

De acordo com economista, o mundo vive 5 dinâmicas que explicam a atual economia parada, sem emprego e desigual. Acompanhe as tendências e coloque no radar!

Em entrevista exclusiva ao Green Business Post, Ladislau Dowbor explicou as 5 dinâmicas que compõem a convergência, e que está afetando a situação econômica atual do mundo,  impedindo, principalmente, a geração de empregos em escala.

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Formado em Economia Política pela Universidade de Lausanne, Suíça, Ladislau Dowbor é Doutor em Ciências Econômicas pela Escola Central de Planejamento e Estatística de Varsóvia, Polônia, e, atualmente, é Professor titular no Departamento de Pós-graduação da PUC-SP. Atuou como consultor de diversas agências das Nações Unidas, governos e municípios, além de várias organizações do sistema “S”.

O especialista em Economia e Sustentabilidade conversou com exclusividade ao Green Business Post, no começo deste mês.

Que contexto é esse em que vivemos?

GREEN BUSINESS POST: Professor, dentre tudo o que o senhor vem discutindo e compartilhado com sua comunidade, o que as pessoas, no geral, precisam estar cientes neste contexto global atual para pensarmos um futuro mais sustentável?

LADISLAU DOWBOR: as pessoas precisam se dar conta da convergência, um conjunto de 5 dinâmicas, para entender o contexto global. São elas as dinâmicas do(a):

  1. Aquecimento global
  2. Consumo
  3. Sociedade
  4. Tecnologia
  5. Desigualdade

Dinâmica 1: Aquecimento global

GREEN BUSINESS POST: Sabemos que o aquecimento global se deve, principalmente, pela atividade humana e vem destruindo o meio ambiente do qual nossas vidas dependem, e tem líderes negando sua existência. O que as pessoas precisam saber sobre o aquecimento global e suas influências no meio ambiente e na humanidade, e como estamos enfrentando isso?

LADISLAU DOWBOR: O aquecimento global, que é algo comprovado e está sendo acompanhado de maneira global, não é um problema do futuro. Já estamos sentindo as mudanças climáticas, que estão afetando a fauna e a flora. Com isso, vem o problema da biodiversidade.

Nos últimos 40 anos, perdemos mais de 50% dos vertebrados do planeta. Os insetos estão desaparecendo. A vida nos mares está sendo muito prejudicada pela sobrepesca e quimização das águas.

Estamos perdendo água doce por contaminação em um ritmo dramático. Isso deve atingir mais de 1 bilhão de pessoas. Não ter água segura para beber é uma tragédia.

Estamos liquidando a cobertura florestal do planeta, em particular, na Indonésia. No Brasil, se retomou o desmatamento na Amazônia, com esse novo governo. 

Nós não tomamos as medidas para prevenir isso. Nossa sociedade tem imensa dificuldade em enfrentar problemas estruturais, sistêmicos e no longo prazo. Nos mobilizamos em função de crises de curto prazo, imediatas e pontuais.

Dinâmica 2: Consumo

GREEN BUSINESS POST: O consumo é o que move a produção, que por sua vez demanda dos recursos do planeta. Qual a situação atual do consumo?

LADISLAU DOWBOR: Temos 7,6 bilhões de habitantes no mundo, 80 milhões a mais a cada ano e as pessoas não se dão conta do ritmo. Todos querendo consumir mais, com esse volume e crescimento de população, o planeta está simplesmente indo para uma catástrofe. Os americanos qualificam de slow motion catastrophe (catástrofe em câmera lenta). E estamos assistindo a isso. 

GREEN BUSINESS POST: Trouxemos uma pergunta de um membro de nossa comunidade sustentável. Julio Campos, Doutor em Planejamento Energético com ênfase em Economia Ambiental e defensor do decrescimento econômico pergunta “Considerando o descolamento entre a taxa de crescimento populacional da taxa de crescimento do consumo de recursos, como você vê as propostas de crescimento sustentável?”.

LADISLAU DOWBOR: Tem um autor americano que diz que expandir indefinidamente o consumo num planeta de tamanho limitado só pode ser pensado por um idiota ou por um economista. Não funciona. Então a estabilização do consumo ou a redução das taxas de consumo está sendo muito discutida.

Na realidade, não precisamos nos privar, nós precisamos de um consumo inteligente. Você tem pessoas comprando carros em São Paulo e uma média de trânsito de 14 km/hora. Isso é uma idiotice total. São custos imensos para as famílias que usam esses carros. 

A Coreia do Sul investiu recursos pesados em um projeto de generalização de transporte coletivo. Isso gerou pesquisas e avanços tecnológicos, gerou produção de transporte coletivo e empregos, reduziu o número de automóveis nas ruas, o que limpou o ar e melhorou os impactos ambientais e reduziu custos com doenças, e liberou muito mais tempo para as pessoas. Enquanto em São Paulo, as pessoas perdem em média 2h40min por dia no trânsito.

Ou seja, você pode melhorar o transporte, a mobilidade das pessoas, reduzindo as emissões e reduzindo custos. Mas é só passar de soluções individuais para soluções sociais.

Cada um comprar seu carro parece ótimo. Quando você faz isso em uma metrópole que tem 21 milhões de habitantes, e todo mundo querendo ir mais ou menos na mesma hora para os mesmos lugares, é um negócio completamente idiota.

A mudança mais significativa está no perfil de produção e de consumo. Menos plástico e soluções individuais e mais espaços de lazer, praças… Em Toronto, todas as escolas, que são distribuídas por bairro, tem piscinas abertas para a comunidade. Não precisa cada casa ter sua piscina. O que é uma idiotice, porque você fica sentado na sua piscina e toda a manutenção é por sua conta. Já em piscinas compartilhadas, as pessoas se juntam, em Genebra na Suíça, por exemplo, os pais jogam baralho na beira da piscina, as mães tem como deixar os filhos com outras mães, enfim, você tem sociabilidade.

Você não só não está gerando emissões, como você está reduzindo elas. Você está melhorando a saúde das pessoas.

Então o grande eixo para a pergunta, que é muito boa, é mudar o perfil de consumo junto com o perfil de produção. Muito mais bens de consumo coletivo e menos correria para acumular coisas.

Na vida das pessoas, elas batalham batalham para ter uma casa, um carro, depois tem a casa de praia, e mais isso e mais aquilo, quando chega aos 55 anos, elas começam a ver que tudo isso custa muito dinheiro para manter, e então começam a pensar no processo inverso de como conseguir vender tudo isso. Isso é uma coisa idiota.

É só olhar em diversas partes do mundo que se pode viver de maneira muito boa, com qualidade de vida, que em economia se chama de bem-estar das famílias, de maneira sustentável, sem destruir o planeta e sem gerar desigualdade.

Dinâmica 3: Sociedade

GREEN BUSINESS POST: Qual a situação atual no âmbito social? O problema da pobreza já é há muito conhecido, mas ainda não resolvido. O que temos e o que está faltando? Sabemos o que tem que ser feito?

LADISLAU DOWBOR: Outra dinâmica é a social, porque sustentabilidade não só um conceito ambiental. É um conceito de fazer o conjunto sobreviver de maneira equilibrada.

No plano social, temos:

  • 4 bilhões de pessoas que estão fora de um sistema adequado de sobrevivência. O Banco Mundial chama de The next 4 billion. São as pessoas que não tem acesso aos benefícios da globalização. Uma formulação muito elegante para dizer que são pobres.
  • Temos cerca de 2 bilhões de pessoas que ainda não tem acesso à eletricidade. 
  • 850 milhões de pessoas passam fome, num planeta que produz uma quantidade de alimentos que sobra por todos os lados. Sem falar de 30% de alimentos produzidos que são desperdiçados por mal manejo.
  • Destes 850 milhões de famintos, cerca de 150 milhões são crianças e, destas, 5 a 6 milhões morrem ao ano. 

Esse é o tamanho do drama social, que não tem razões econômicas. Se você dividir o PIB mundial de US$ 80 trilhões de dólares (o volume de bens e serviços produzidos) para toda a população, cada um ficaria com US$ 3.500 por família de quatro pessoas. No Brasil, que está exatamente na média mundial, isso dá R$11.000 reais, mais ou menos, por mês por família de quatro pessoas.

Ou seja, o que nós produzimos hoje dá para todo mundo viver de maneira digna e confortável. Nosso problema é de organização política, organização econômica, no sentido do processo decisório, nosso problema é de governança, de fazer o conjunto funcionar.

Nós derrapamos radicalmente, pois sabemos o que fazer. Tivemos em 2015, reuniões planetárias:

  • em Nova York (EUA), no qual foi fixada a Agenda 2030 com os ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável;
  • em Paris (França), também sobre os ODS e com foco na sustentabilidade climática;
  • em Adis Abeba (Etiópia), para financiar as ODS.

Aqui vemos onde está o problema, porque em Paris se fixou um objetivo que pareceu ambicioso, em uma conferência planetária: levantou-se US$100 bilhões de dólares por ano para enfrentar o problema da sustentabilidade, para ajudar os projetos em favor dos ODS etc.

US$100 bilhões de dólares parece muito, mas se comparado com a quantia que vai para paraísos fiscais, especulação financeira, evasão fiscal, corrupção, dinheiro de tráfico de armas e drogas, que somam no total US$ 20 trilhões de dólares, o investimento é 200 vezes menor que todo o volume financeiro em destinos, socialmente e ambientalmente, destrutivos.

Ou seja, foram identificados os problemas socioambientais, sabemos o que fazer, foram definidos os ODS, mas não conseguimos fazer muito a respeito, pois o dinheiro é apropriado e esbanjado em sistemas especulativos planetários que desorganizam a economia global.

Dinâmica 4: Tecnologia

GREEN BUSINESS POST: Temos grandes empresas tecnológicas dominando o mundo e novas tecnologias sendo desenvolvidas rapidamente. Qual o impacto que esse conjunto está causando na economia global e na vida das pessoas? 

LADISLAU DOWBOR: A evolução acelerada das tecnologias é muito positiva, porque isso significa que o principal fator de produção não é mais limitado a matérias-primas, ao esforço físico, à capacidade física das pessoas etc. As tecnologias são ideias. Se eu te passo meu relógio eu deixo de tê-lo. Se te compartilho uma ideia, eu continuo com ela.

Então, tem-se uma tendência planetária como o Wikipédia, OCW do MIT, China Open Resource for Education, os sistemas colaborativos de pesquisa sobre genoma etc. Estão se desenvolvendo processos colaborativos de avanços científicos e tecnológicos.

Isso é um grande potencial e ao mesmo tempo inicia-se uma guerra pelas patentes, pelos preços e pelo controle do mercado. Os EUA estão batalhando para proteger suas patentes. As grandes empresas farmacêuticas não querem que os países produzam medicamentos mais baratos. As pessoas não se dão conta, mas eles vendem medicamentos com preço de 100 a 200 vezes maior que o custo de produção. Eles não deixam outros produzir devido às suas patentes, mesmo que isso gere países sem acesso a medicamentos.

De certa maneira, há uma guerra por esse controle. O famoso GAFAM (Google, Apple, Facebook, Amazon, Microsoft), nos EUA, as grandes empresas de tecnologia, e na China temos algo semelhante, o BAT (Baidu, Alibaba e Tencent). Todos eles possuem processos de controle de mercado.

Ou seja, sabemos o que tem que ser feito, temos recursos financeiros, mas que estão alocados em locais errados, e temos os recursos tecnológicos, mas não conseguimos orientá-los em função das necessidades.

Essas grandes tecnologias tem permitido a eleição de governos completamente surrealistas, a organização de mais desinformação que informação e por aí vai. Então, temos a faca e o queijo, só que não sabemos usá-los.

Nós temos a necessidade de resgate da capacidade de governo, que chamamos de governança, principalmente, no processo decisório de como usar os recursos financeiros e tecnológicos para enfrentar os dois grandes problemas globais: o ambiental e o social.

O que estamos fazendo hoje é destruir o planeta de maneira muito acelerada para um proveito de uma minoria. Isso não funciona nem do lado ambiental e nem do social.

O eixo principal de ação que temos pela frente é, obviamente, trabalhar as políticas ambientais e, principalmente, enfrentar a desigualdade.

Dinâmica 5: Desigualdade

GREEN BUSINESS POST: A desigualdade é sempre assunto que surge nas redes sociais. E existem muitas discussões sobre como ela funciona, sua origem e o que pode ser feito para resolvê-la. O que está acontecendo com esse mundo cada vez mais desigual? Como isso está acontecendo?

LADISLAU DOWBOR: A desigualdade atingiu um nível absolutamente espantoso por um mecanismo que as pessoas nem sempre entendem. Estamos acostumados com a ideia de que tem gente que fica mais rico, porque pagam salários ruins. A exploração salarial é hoje ampliada através do endividamento.

No Brasil, tem-se 64 milhões de pessoas negativadas, “enforcadas” na dívida, que não estão conseguindo pagar, o que paralisa a economia, porque essas pessoas não estão conseguindo pagar o que já compraram, imagina comprar mais. E quando você paralisa a demanda, você paralisa também a produção. As empresa não tem mais para quem vender.

Tem um comentário interessante de um empresário que diz o seguinte:

“Realmente, com as reformas recentes, fica mais fácil contratar ou demitir, fica mais fácil contratar pagando menos… Mas por que vou contratar gente se não tenho mais para quem vender?”

Na realidade, você travou a demanda e, consequentemente, travou a produção. Quando você reduz a demanda, como temos impostos importantes sobre o consumo, você reduz o dinheiro na mão do governo. E como está parada a economia, os impostos sobre a produção também ficam parados. Resultado: nesse governo a partir do Temer, e agora Bolsonaro, foi gerado um déficit que passou de 2% para 6%, um valor monumental. 

Essa dinâmica é importante para mostrar que o sistema financeiro se tornou dominante aqui. 

Nós temos hoje 1% da população global que possui mais riquezas acumuladas (não renda) que os outros 99%. No Brasil, 6 pessoas tem mais que metade da população. Isso não funciona. Como que eles chegaram nesse dinheiro? Eles não são tão produtivos assim, certo? Eles são pessoas. Eles não fazem investimento, porque produzir sapato, bicicletas gera trabalho, alguém tem que organizar, gerenciar, treinar pessoas etc. Já eles não investem nisso. Eles fazem aplicações financeiras e isso é a grande dinâmica nova, porque o dinheiro em papel representa somente 3% da liquidez. A liquidez hoje é representada por sinais magnéticos.

Se eu faço essa capacidade de aplicar meu dinheiro pelo computador, instantaneamente, de qualquer parte do mundo surge aí uma lógica muito simples. Se eu sou um bilionário e eu faço uma aplicação financeira (de US$1 bilhão) a 5% ao ano, modesto, eu estarei ganhando US$ 137 mil por dia. No dia seguinte, estarei ganhando esses 5% sobre US$ 1.000.137.000. Em finanças isso é chamado de snowball effect (efeito bola de neve). Quanto maior a bola, mais ela junta flocos a cada giro.

Ou seja, um processo exponencial de crescimento por gente que não produz. Isso é uma catástrofe, porque tira a capacidade de compra das famílias, o que paralisa a economia, tira a capacidade de investimento das empresas e tira dos Estados a capacidade de financiar infraestruturas, políticas sociais e etc. Isso está travando a economia.

Saiu um artigo do Joseph Stiglitz, economista que ganhou prêmio Nobel em Economia, foi economista chefe do Banco Mundial e do Governo Clinton, portanto, uma pessoa daquele lado de cima. Ele diz que esses 40 anos de sistema neoliberal se revelaram um fracasso

Muitas pessoas estão dando conta que estamos em um sistema disfuncional de maneira sistêmica, que está destruindo o planeta pelo bem de uma minoria e está deixando uma imensa massa de gente em situação desesperadora.

Quando vi o pessoal de Wall Street, que é o centro digestor do maior número de recursos financeiros do mundo, os caras, adultos, bem formados, dando pulinhos de alegria, gritando “greed is good, greed is good“. Não são pessoas más, mas o sistema é desajustado. Estamos indo de maneira acelerada em direção a um paredão.

Um processo desse porte tem uma grande inércia. Por exemplo, um Titanic que vê um iceberg a 1 km. A inércia de um barco grande é tão grande que até o barco virar, ele atinge o iceberg. Isso se assemelha às previsões climáticas de 2050, que já não tem como modificarmos mesmo se iniciarmos algo agora.

No mundo não tem mais pobre desinformado, idiota, perdido no mato. Qualquer pessoa no mundo está sabendo que poderia ter um hospital decente para sua mulher dar à luz, escolas decentes para seus filhos. Eles estão extremamente irritados e já não aguentam mais a situação em que vivem.

E aí, o que que os países fazem? Constroem muros para que essas pessoas não entrem em seus territórios, acreditando que essa é uma solução eficiente, mas já vimos que há mais de 3 mil anos isso não deu certo com a muralha da China.

O que dá certa esperança é a compreensão desse dilema sistêmico está entrando na cabeça de muita gente. A ONU trás um relatórioque diz que precisamos ter um Global New Deal (um novo pacto global).

via MEME

O New Deal de Franklin Roosevelt nos EUA foi criado para lidar com a crise de 1929, gerada por sistemas financeiros que ganhavam dinheiro com o dinheiro de terceiros, como ocorre hoje. Esses sistemas quebraram empresas e geraram muito desemprego.  O pacto de Roosevelt foi taxar em 90% de imposto sobre o capital dos endinheirados para investir em infra estruturas, que geraram emprego em todos os municípios do país. Esse emprego gerou demanda, que fizeram as empresas voltarem às suas atividades, que então puderam pagar impostos, e as pessoas comprando também pagaram impostos e a conta fechou. A conta fechou no New Deal dos EUA, no Well-faire state europeu, fechou no Brasil no governo Lula e Dilma. O máximo de déficit que chegou com a Dilma foi de 2%. O dreno via bancos é que travou a economia.

The Guardian publicou um manifesto com princípios para a mudança de política do Bank of England (Banco Central do Reino Unido). 94 representantes da academia e sociedade civil – também participei, pela PUC-SP – assinaram a carta em apoio ao resgate do papel das finanças como fomentadoras da economia.

O problema está em toda parte. No Brasil atingiu um nível vergonhoso de cobrar taxa de juros de 120% para as famílias. Na França é de 3,5% ao ano. Ainda no Brasil são 53% para as empresas e 320% no cheque especial. Isso é bandidagem no sentido técnico mesmo!

Temos um Ministro da Economia que é co-fundador do Banco Pactual, que não é um banco que fomenta ou investe. Esses bancos se chamam bancos de investimento. Ele faz aplicações financeiras e transfere as fortunas do Brasil para paraísos fiscais. Ele possui 38 filiais em paraísos fiscais. Ou seja, é uma indústria que está sugando dinheiro liderado pelo ministro da economia do nosso país e ele quer transferir para os bancos a gestão da poupança, do fundo de garantia, e para grupos privados a gestão do petróleo. Leia mais a respeito.

Sintetizando

Segundo Ladislau Dowbor, as atividades humanas precisam melhorar em questão de governança para gerir melhor os recursos:

  • Naturais: para enfrentarmos o aquecimento global, as consequentes mudanças climáticas, destruição do meio ambiente e da biodiversidade e a falta de água e de outros recursos básicos para nós;
  • Humanos: para investir mais em soluções coletivas e levar bem-estar, qualidade de vida e vida social às populações e reduzir o consumo mal pensado e disfuncional; 
  • Financeiros: investir em infraestrutura e reduzir a bola de neve das aplicações financeiras e implementar um “Global New Deal” para que o dinheiro volte a circular e girar a economia.

Quero me aprofundar

Se você gostaria de estudar o assunto mais a fundo, o professor Ladislau Dowbor compartilhou o curso “Pedagogia da Economia”, gratuitamente, com 15 aulas em vídeos, além de seu livro “A Era do Capital Improdutivo”, que você pode conferir aqui.

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Ladislau Dowbor é autor e co-autor de mais de 40 livros, tem toda sua produção intelectual disponível online na página dowbor.org

Fonte: Green Business Post.

One Comment

  1. Wagner Marcelo Wagner Marcelo julho 19, 2019

    Discordo em grande parte da visão do Dowbor, pois acredito que a visão dele sobre o sistema financeiro algumas vezes tem interferência clara de sua visão política, o que é natural…

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