Ministro também negocia falar à Câmara, segundo a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP)
O ministro da Justiça, Sergio Moro , irá à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado falar sobre a troca de mensagens com o procurador da República Deltan Dallagnol divulgadas pelo site “Intercept Brasil” na quarta-feira da próxima semana, dia 19. A data foi anunciada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) no plenário.
A presença do ministro na Casa foi informada mais cedo pela líder do governo no Congresso, deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP). Moro também negocia ir à CCJ da Câmara, segundo a deputada.
— O Moro deve vir na CCJ do Senado. Também vamos construir para que ele esteja aqui na CCJ da Câmara, converse com parlamentares, tire qualquer dúvida, fale com as pessoas, abra esse entendimento, esse diálogo — disse a deputada.
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), entregou um documento ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), informando que Moro se dispôs a ir à CCJ do Senado para prestar esclarecimentos.
“Manifestamos a nossa confiança no ministro Sergio Moro, certos de que está será uma oportunidade para que ele demonstre a sua lisura e correção como juiz federal, refutando as críticas e ilações a respeito de sua conduta à frente da Operação Lava-Jato”, escreveu o líder.
Joice também afirmou que está articulando a data da audiência. Moro deve ir espontaneamente às comissões, sem necessidade de convocação — quando o ministro é obrigado a prestar esclarecimentos aos parlamentares.
— A gente não pode misturar as coisas aqui. Se há qualquer dúvida em relação a qualquer questão envolvendo ministro Sérgio Moro, ele venha ao Parlamento e converse com os parlamentares, não há problema nenhum — acrescentou.
A reportagem do “Intercept” mostrou mensagens trocadas entre o então juiz federal e Dallagnol. Segundo o site, Moro deu orientações ao procurador sobre como atuar em processos da Lava-Jato, inclusive em um que investigava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Procuradores também teriam discutido como barrar uma entrevista do líder petista à “Folha de S. Paulo”, autorizada pelo ministro Ricardo Lewandowsk, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Fonte: O Globo
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