Enquanto rombo do INSS passa dos R$ 200 bilhões, Lula corta gastos sociais e propõe mais impostos para o povo pagar a conta da fraude bilionária.

Marco Aurélio Bassi | The Political Diary | 14 maio 2025.
O Brasil acompanha com estarrecimento os desdobramentos do escândalo da fraude no INSS em 2025, “carinhosamente” apelidado de “Aposentão“. O que veio à tona é um esquema criminoso de descontos indevidos em benefícios, financiamentos e empréstimos consignados, que afeta milhões de aposentados e pensionistas e já projeta prejuízos bilionários.
As investigações da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), que culminaram na Operação Sem Desconto em abril de 2025, revelaram a atuação de entidades, lobistas e falhas na própria fiscalização do INSS. Até mesmo um familiar do Presidente da República aparece nas apurações.
O prejuízo inicial estimado era de R$ 6,3 bilhões. Contudo, analistas e órgãos de controle já projetam que o rombo total pode ultrapassar os R$ 200 bilhões à medida que novas fraudes e esquemas forem desvendados. Esse montante colossal, claro, cairá no colo do contribuinte, do povo brasileiro. Para “equilibrar” as contas, o governo já acena com aumento de impostos e cortes sociais. Ou seja, ele rouba e depois o próprio lesado, junto com toda a sociedade, paga a conta.
O esquema era simples e cruel: descontos mensais diretos na folha de pagamento, realizados por entidades com acordos de cooperação técnica com o INSS. A mira dos criminosos? Os mais vulneráveis. Mais de 60% dos lesados são do Nordeste pobre, com cidades do interior vendo mais da metade de seus aposentados lesados de diversas formas. O esquema atingiu aposentados fantasmas, mortos, índios analfabetos, pessoas com deficiência e de baixíssima renda, incapazes de entender a fraude.
Durante a gestão do ministro Carlos Lupi (PDT) na Previdência Social (jan/2023 – mai/2025), ele admitiu ter sido alertado sobre irregularidades, embora negue responsabilidade direta. Lupi, figura já conhecida em governos anteriores do PT, viu seu partido, o PDT, e o próprio PT, figurarem como associações ligadas ao escândalo.
A flexibilização de regras importantes, como a exigência de biometria facial e outras travas criadas anteriormente, permitiu que as fraudes continuassem e acelerassem em mais de 700% nos últimos dois anos.
Entre as entidades envolvidas, destaca-se o Sindnapi, cujo presidente, Milton Cavalo, é filiado ao PDT de Lupi e base do governo. O vice-presidente? José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Lula.
Traçando um paralelo que “comprova claramente o envolvimento deste governo” com fraudes em recursos de aposentados, a fonte relembra o histórico do PT. A presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann (“amante” na lista da Odebrecht), e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo (“boi” na mesma lista), foram investigados por desvios de recursos de aposentados via superfaturamento em empréstimos consignados. A campanha de Gleisi ao Senado, segundo apurações, foi financiada por esse esquema.
Pressionado, Lupi pediu demissão em 2 de maio de 2025. O governo federal suspendeu os descontos das associações. O presidente do INSS foi demitido. A AGU pediu bloqueio de R$ 2,56 bilhões de 12 associações, mas, notavelmente, poupou a Contag (que recebeu bilhões) e o sindicato ligado ao irmão de Lula deste bloqueio.
O impacto financeiro é devastador: os mais de R$ 200 bilhões projetados superam em mais de 30% todo o orçamento federal anual para a educação. Enquanto isso, o governo, diante da “sangria”, propõe cortes no INSS e BPC para fazer esforço fiscal.
O “Aposentão” evidenciou o modus operandi e a estratégia do “não vi mas não fui eu“. É uma crise institucional e de responsabilidade fiscal. Exige-se reformas estruturais, fiscalização rigorosa das entidades e gestão transparente para que o povo brasileiro, já lesado, não pague essa conta bilionária mais uma vez.
Citações: CBN, Valor Econômico, Wikipedia-1, Serviços e Informações do Brasil, Wikipedia -2.
Em vários países do mundo, governos são marcados com inúmeros casos de corrupção, mas em nenhum deles se compara às proporções das corrupções no Brasil, elas são colossais.