No dia 30 de abril, a Folha de São Paulo, através da coluna de Monica Bergamo, revelou os resultados dos pacientes COVID-19 tratados pelo médico David Uip. Com um longo histórico na medicina, Uip é ex-diretor-executivo do Instituto do Coração de São Paulo (Incor) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Além de ter sido secretário estadual da saúde do Estado de São Paulo entre os anos de 2013 a 2018.
Médico famoso, da elite política, empresarial e artística, Uip é considerado um dos maiores especialistas em doenças infecciosas, em especial a AIDS, do país. Durante a CPI da COVID, ele se posicionou contra o tratamento precoce, gerando manchetes nos principais jornais do Brasil. “Jamais defendi distribuição ou uso indiscriminado de cloroquina“, afirmou.
Resultados de David Uip
Segundo a Folha de S. Paulo, em dois anos Uip tratou de 2.200 pacientes de COVID-19. Destes, 850 foram internados e 54 morreram. Sua taxa de letalidade é, portanto, 2,45%.
Este resultado é ligeiramente inferior à letalidade média do estado de São Paulo, que é de 3,12%.
Resultados de médicos que fazem tratamento precoce
Números de alguns médicos que fazem tratamento precoce.
Dr Edimilson Migowski, do Rio de Janeiro. Tratou 2.000 pacientes COVID-19. Destes, 7 foram internados e 2 morreram. Base do tratamento: nitazoxanida. Taxa de mortalidade: 0,1%.
Em matéria na Revista “Isto é“, de dezembro de 2021, Migowski foi acusado de apoiar “teses mentirosas”
Dr Brian Tyson e Dr George Fareed, EUA. Trataram 4,375 pacientes COVID-19. Destes, 9 foram internados e 3 morreram. Base do tratamento: hidroxicloroquina e ivermectina. Taxa de letalidade: 0,1%.
Tyson teve sua conta do Twitter banida permanentemente. Fareed foi chamado de “vendedor de óleo de cobra” pelo New York Times.
Dr Flavio Cadegiani, Brasília. Tratou 3.450 pacientes COVID-19. Destes, 4 foram internados, 1 entubado e 0 mortes. Base do tratamento: nitazoxanida, ivermectina, anti-androgênicos e hidroxicloroquina. Taxa de letalidade: 0,0%.
Cadegiani foi indiciado na CPI da Covid por “crimes contra a humanidade” e é atacado constantemente pela imprensa.
Dr Brian Procter, EUA. Tratou 320 pacientes de risco COVID-19 (apenas com mais de 50 anos ou com pelo menos uma comorbidade). Destes, 6 foram internados e 1 morreu. Base do tratamento: hidroxicloroquina, ivermectina, budesonida. Taxa de letalidade: 0.3%.
Procter teve sua conta no Twitter suspensa de modo permanente ao divulgar seus resultados.
Dr Anastacio Queiroz, Ceará. Tratou 700 pacientes COVID-19 sem nenhum óbito. Base do tratamento: hidroxicloroquina e ivermectina. Taxa de letalidade: 0.0%.
Queiroz, em uma audiência da OAB do Ceará, se emocionou ao defender que nenhum paciente seja impedido de receber medicações.
Dra Ellen Guimarães, Goiás. Tratou 500 pacientes COVID-19. Destes, 8 foram internados e 2 morreram. Base do tratamento: hidroxicloroquina, ivermectina e bromexina. Taxa de letalidade: 0,4%.
Guimarães foi acusada de ser “negacionista” e indicar “procedimentos sem eficácia contra a Covid-19”, pela Revista Forum.
Dr Shakara Chetty, África do Sul. Tratou 8.000 pacientes COVID-19 sem nenhum óbito. Base do tratamento: hidroxicloroquina e ivermectina. Taxa de letalidade: 0.0%.
Entrevistas com o Dr Chetty foram censuradas no youtube.
Dra Roberta Lacerda, Rio Grande do Norte. Tratou 550 pacientes COVID-19. Destes, 8 foram internados e 2 morreram. Base do tratamento: hidroxicloroquina, ivermectina, budesonida, anti-androgênicos e bromexina. Taxa de letalidade: 0,4%.
Lacerda, segundo a agência de reportagem “Saiba mais“, é uma “médica conhecida por divulgar notícias falsas”. É atacada por diversos “checadores de fatos” e teve sua contas no Twitter (98k) e Instagram (97k) permanentemente suspensas.
Dr Carlos Nigro, São José dos Campos. Tratou 5000 pacientes. Destes, 45 foram internados e 23 morreram. Taxa de letalidade: 0,46%.
Nigro, ao recomendar tratamento aos acometidos pela COVID-19, foi censurado no Facebook por “Não seguir os Padrões da Comunidade”.
Unanimidade: quanto antes iniciar o tratamento, melhor
Todos os médicos que tratam COVID-19 são unânimes em afirmar que quanto mais precoce o tratamento, melhores são os resultados. No caso dos médicos Brian Tyson e George Fareed, dos EUA, isso está bem especificado e com estatísticas feitas. No caso deles, do total de 4,375 pacientes, 3,962 foram em tratamento precoce. Entre os quase 4 mil que tiveram tratamento precoce, os óbitos foram zero. Entre os cerca de 400 que iniciaram os tratamentos atrasados, foram três óbitos.
Outro exemplo é o do Dr Edimilson Migowski. Dos dois óbitos contabilizados por ele, ambos pararam as medicações entre o segundo e terceiro dia. Além disso, há médicos que tentaram de tudo, até o último minuto, mesmo com boa parte dos pacientes buscando atendimento na fase avançada da doença. Entre os 5 mil pacientes do Dr Carlos Nigro, 3500 foram em tratamento precoce. Entre estes, foram apenas três óbitos. E entre os 1500 que chegaram na fase dois da doença, foram 20 óbitos. Alguns nem conseguiram iniciar o tratamento, mas o Dr Carlos manteve no cálculo geral. “Três morreram no mesmo dia de consulta e que foram internados”, afirmou.
Melhores resultados em quem inicia o tratamento o mais rápido possível é relato recorrente em todos citados acima. Evidenciando assim que são muito raros os óbitos em pacientes COVID-19 que iniciam o tratamento precocemente, de preferência, em até três dias de sintomas.
Cientistas críticos são perseguidos e difamados
Recentemente, a BMJ – British Medical Journal, um dos mais influentes e antigos periódicos científicos do mundo, publicou um corajoso artigo: “A ilusão da medicina baseada em evidências”.
Escrito por dois renomados cientistas, o artigo denuncia como a poderosa indústria farmacêutica possui o poder de captura dos órgãos reguladores, dominaram as universidades, as pesquisas e sociedades médicas, usando todos como ferramenta de marketing.
“A liberação para o domínio público de documentos anteriormente confidenciais da indústria farmacêutica deu à comunidade médica informações valiosas sobre o grau em que os ensaios clínicos patrocinados pela indústria são deturpados. Até que este problema seja corrigido, a medicina baseada em evidências permanecerá uma ilusão”, argumentam os autores.
Ao mesmo tempo, os médicos e cientistas que se opõem a essas distorções na ciência por lucro são perseguidos. “Enquanto as universidades falham em corrigir deturpações da ciência de tais colaborações, os críticos da indústria enfrentam rejeições de periódicos, ameaças legais e a potencial destruição de suas carreiras”, explicam.
Essa dinâmica leva a apenas cientistas independentes, aposentados ou próximos a se aposentarem, a se oporem aos poderes que corrompem a ciência por lucro. Nesta condição, eles possuem mais segurança para se posicionarem em defesa da ciência genuína para salvar as vidas dos pacientes, mas de qualquer maneira, são atacados como dissidentes.
Casos assim são comuns, como o do francês Didier Raoult, 70, o maior especialista do mundo em doenças transmissíveis, com mais de 3 mil artigos publicados na Pubmed. Depois de propor hidroxicloroquina com azitromicina contra a COVID, foi perseguido na França por seus pares. Nos EUA, o professor Peter McCullough, 59, cardiologista e intensivista, considerado o maior especialista do mundo em síndrome pulmão rim, ao defender que pacientes sejam tratados, chegou a ser processado pela universidade onde dava aulas, assim como o professor de Yale, Harvey Risch, 72, ao produzir estudos com hidroxicloroquina, foi difamado em sua instituição.
No Brasil, o cientista Paolo Zanotto, 67, professor da USP, a partir do momento que se posicionou a favor dos tratamentos, passou a ser atacado tanto na imprensa como em sua própria universidade.
Nem octogenários agraciados com o Nobel de medicina foram poupados. O japonês Satoshi Omura, 86, depois de produzir um estudo sobre o uso da ivermectina, revisado por pares e publicado na conceituada revista científica The Japanese Journal of Antibiotics, foi censurado nas redes e atacado por checadores de fatos. Outro laureado com o maior prêmio da medicina, o francês Luc Montagnier, falecido recentemente aos 89 anos, que afirmou que caso contraísse Covid, tomaria hidroxicloroquina com azitromicina, no protocolo do Dr Didier Raoult, teve suas entrevistas censuradas no Youtube, além de ter sido atacado por “checadores de fatos”.
Já David Uip, mesmo aos 70 anos e sem uma longa carreira pela frente, tomou uma decisão diferente. Antes de se opor publicamente ao tratamento precoce, quando teve COVID pela primeira vez, em 2020, receitou para si mesmo hidroxicloroquina. Mas o vazamento dessa informação foi parar nos tribunais.
Uip processou o farmacêutico que divulgou sua receita
Uma notícia publicada no site Migalhas, que cobre a área jurídica, informa que Uip processou o farmacêutico que vazou sua receita.
“O juiz Fabricio Reali Zia, do JEC da Barra Funda/SP, condenou o gerente de laboratório que vazou a receita de cloroquina do médico infectologista David Uip. O magistrado fixou o profissional ao pagamento de pena crime em R$ 11 mil”, informa a notícia.
“O único que ele tratou direito foi ele mesmo”, afirmou uma médica que não quis se identificar.
Conclusão
Comparando os resultados dos médicos que tratam com os resultados do Dr David Uip, houve uma redução de letalidade de 94.60%. (p<0.00001 RR = 0.054 (IC de 95%: [0.035,0.083]).
Números absolutos: 33 óbitos de 24.895 pacientes vs 54 óbitos de 2.200 pacientes do Uip.
“Se pudesse, cavava um buraco”
Quando iniciamos este artigo, entramos em contato com diversos médicos que tratam pacientes de Covid para publicarmos seus números. Entretanto, muitos pediram privacidade, mantendo seus trabalhos longe dos holofotes da imprensa.
“Eu não quero aparecer. Se pudesse, cavava um buraco é só saía de lá quando a palavra Covid não fosse mais pronunciada. Meu único crédito no Covid foi moral. Porque na parte financeira e na parte do ego, ele destruiu minha vida”, afirmou uma médica com quase 1500 pacientes COVID e excelentes números, mas que não quis vê-los divulgados neste artigo.
Outros judicializaram todas as ofensas que receberam e foram orientados a manterem-se discretos. Mesmo com números ótimos, uma médica de São Paulo pediu discrição. “Eu fui orientada a não dar entrevistas até a finalização da questão jurídica. Se der para colocar anonimamente eu te passo”, afirmou. “Me dói na alma lembrar que fui perseguida por cuidar de pessoas”, complementou.
Um médico do nordeste, com milhares de atendimentos, contou sua experiência atendendo pacientes COVID. “Muitos deles nós dávamos o tratamento, pois lá em 2020, nós fizemos um trabalho que foi único no Brasil, onde a população civil organizada nos doou remédios tidos como veneno. Fomos a muitas comunidades pobres. Por conta disso, foi aberto um processo contra mim no CRM a pedido do MP, após denúncia. Este processo foi depois arquivado”, afirmou.
“Te peço só que não cite meu nome pois estou pulando fora de COVID. Já demos muito a sociedade. E a sociedade é covarde. Não compraram briga”, complementou.
Fonte: Médicos pela Vida
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